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Alma de um VagaMundo

sexta-feira, outubro 22, 2004

Kiel 



Chegamos porfim ao local de onde partimos: Kiel, a capital do estado de Schleswig Holstein. Kiel, localizada numa enseada natural do Báltico é conhecida pelo seu porto e pelos enormes navios de luxo que ligam diariamente esta cidade a Copenhaga, Oslo, Gothemburg, Riga, Tallin e St. Peterburg, fazendo de Kiel um excelente ponto de partida para se explorar a Escandinávia e a costa báltica de Leste.

Kiel é também a cidade que acolhe a base central da marinha alemã, o que levou a que a cidade, fundada pelo Conde Adolf IV em 1200, viesse a sofrer uma destruição de cerca de 75% durante 2ª Grande Guerra, fruto dos bombardeamentos aliados (na tentativa, bem sucedida, de neutralizar a marinha alemã).

Porém os seus habitantes não deixaram a cidade cair em desgraça e com esforço, dedicação e orgulho ergueram-na das cinzas, tornando Kiel numa cidade moderna, que porém não esquece o passado, e onde habitam hoje cerca de 280 000 pessoas.



A melhor época para visitar esta cidade é seguramente em Junho, quando ocorre a mundialmente famosa, Kieler Woche, que é simplesmente o maior evento náutico do mundo. Durante as duas semanas em que ocorre, Kiel recebe mais de 3 milhões de pessoas, 5000 navegadores e 2000 barcos (de 50 nações diferentes). Mas não só no mar se faz a festa. A cidade fica transformada num verdadeiro parque de diversões, minado de actividades, concertos e tascas. A diversão e a “loucura” é total.

Kiel, é a par de Hamburg uma cidade que conheço bastante bem. Acolheu-me durante um ano e posso desenhar nela um perfeito mapa sentimental. Passei aqui muitos momentos, bons e maus, sendo que um dos melhores foi o ter conseguido defender com sucesso a minha tese de Mestrado.



Kiel tem um centro deveras interessante que merece uma visita, assim como a merece a sua longa e bem cuidada marginal (de mais de 5 kms). Local ideal para um passeio, seja a pé, seja de bicicleta, de skate ou de patins em linha. Para desportos náuticos, poucos lugares no mundo devem ser melhores, mas isso vocês já sabem. A marginal está pincelada por inúmeros cafés/restaurantes com simpáticas esplanadas, locais bem agradaveis para repousarmos um pouco enquanto observamos a vida a passar no Kieler Förde.



Ao longo do mencionado Kieler Förde existem várias docas e em algumas delas é possível apanhar um Ferry para irmos até ao lado este da cidade (o centro está no lado oeste). Não demora mais do que 15 minutos. Aí é possível irmos a várias praias, de onde destaco Laboe. Em Laboe, para lá da praia temos a possibilidade de visitar por dentro um submarino da 2ª Grande Guerra (submarino afundado em 1945 pela marinha Russa). É uma experiência interessante ver como se vivia antigamente a vários kms de profundidade.



Ainda em Kiel, visita obrigatória ao Open-Air Museum (Schleswig-Holsteinisches Freilichtmuseum), onde podemos ver como viviam os alemães do norte no séc. XIX.
O Freilichtmuseum é no fundo um parque natural que conserva as casas, os animais e os modos de vida de outros tempos. Aqui é possível comprar queijos, conservas, artesanato and so on. E tudo isto é feito lá, por pessoas que vivem e se vestem como no antigamente. Uma visita a este museu (que tem uns 6 kms quadrados) é no fundo uma viagem ao passado.

E assim termina a nossa viagem pelo Estado de Schleswig-Holstein. Obrigado pela vossa companhia. A próxima viagem será já no próximo mês (para os finais), por motivos profissionais, e a um país que não é propriamente atractivo turisticamente falando. Mas como em todos os lugares do mundo, existe seguramente algo, que merece a nossa atenção, por isso podem contar com alguns relatos e fotos de Angola.



Para já seguimos com as rubricas habituais deste espaço...

A. Narciso @ sexta-feira, outubro 22, 2004

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2004 by Alexandre Narciso

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